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70 anos da televisão brasileira

  • Foto do escritor: Fernanda J Passos. PHC
    Fernanda J Passos. PHC
  • 18 de set. de 2020
  • 2 min de leitura

Ah, a televisão, fonte de entretenimento do povo brasileiro desde 1950. Hoje é um aparelho em que está mais presente na casa da população do que se imagina, ou imaginava há anos, é comum vermos casas com mais de um aparelho televisivo, e hoje a programação continuar frequente e forte mesmo com as plataformas de streaming e redes sociais de vídeos e áudios que são usados corriqueiramente.

Mas não é sobre isso que quero falar aqui hoje, quero falar sobre as mudanças de conteúdo que foram mudando no decorrer da minha história. Lembro-me com frescor de quando ainda pequena eu saia as presas da escola, junto a minha mãe, para assistirmos a telenovela da globo, 'O Cravo e a Rosa', para mim até hoje é uma das melhores novelas, pois tenho memorias afetivas, de uma menina deitada no colo de sua mãe torcendo para que Catarina (Adriana Esteves) aprontasse com seu parceiro Petruchio (Eduardo Moscovis).


Um pouco mais velha, ligada nos horários da televisão assistia a desenhos antes de ir para escola, e quantas vezes não me atrasei por ficar hipnotizada na frente de personagens coloridos dos cartoons. Confesso hoje que naquele tempo, o meu relógio era o que se estava passando na televisão: "Começou Super Choque, é hora de almoçar", "Começou Malhação, minha amiga já está chegando da escola", "Laços de família? É hora de começar a se arrumar para dormir"

Foi através da televisão também que recebi minha primeira preocupação, ao ver nas novelas, que as negras assim como a minha mãe eram as diaristas e logo me veio o aperto: "Não quero ser empregada, não quero servir"

Até que na troca de canais, conheci a MTV, e com ela aquela que se tornaria uma das maiores inspirações para Jovens negros em todo o mundo. Acordava as 9h para ver o TOP TVZ (Multishow) e "arrumar" a casa ouvindo ela e outras Black Music que faziam sucesso na época.


Hoje, posso ouvir e ver a inspiração que eu quiser na hora em que eu quiser, e graças a atrizes como Juliana Paes, Camila Pitanga, Tais Araújo, entre outras, pude ver a evolução da mulher de cor nas telinhas da representatividade da vida real. Ainda precisamos melhorar muito, mas vendo que tudo isso foi transformado em 70 anos, fico contente em saber que o processo está caminhando para que minhas filhas, sobrinhas e netas, vejam que a mulher negra pode sim ter seu lugar no topo.


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